quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Estrelas...

Quando criança gostava de ficar admirando as estrelas... Eu sempre fazia essa ponte imaginária entre o meu coração e a diversidade de estrelas que havia no céu naquelas noites. Até poderia ter me tornado uma “astrônoma”, embora eu não goste de física ou de cálculo algum... Era interessante deitar no chão e descobrir em cada uma um jeito simples de me sentir preenchida e acompanhada. Eu nunca tive uma casa na árvore, mas eu tive o meu coração na infinitude do céu, na dimensão incansável do brilho das estrelas. Eu girava a minha cabeça lentamente e, em meio às estrelas do céu, eu brincava de sentir. Nem uma boneca me trouxera tamanho prazer! Por maior vontade que eu tivesse de contar para meus pais, eles diriam que isso era loucura, porque existem verdades que são tocadas apenas por aqueles que a experimentam e eu só não acreditarei naquilo que eu não toquei com o meu “sentir”. O amor é assim - acreditamos em sua existência quando somos tocados pelo brilho que ele proporciona. Eu era pequena demais para entender as coisas dos meus pais e eles grandes demais para compreender o meu “sentir” de criança. O mais interessante é que a lua nunca me atraiu... aliás, não gostava quando ela aparecia e tomava conta do céu. Recordo-me quando esperava um dia inteiro para ver as estrelas... mesmo em meio às brincadeiras com minhas amiguinhas, ficava velando o céu. As vezes eu esperava, esperava e esperava... por mais impaciente que eu estivesse, quando as luzes piscavam interrompendo a normalidade do céu, meu coração esquecia que eu havia esperado por tanto tempo e me ocupava em festejar a beleza do momento. Ver o brilho de cada aparentemente pequenina estrela me devolvia o entusiasmo perdido nos minutos de espera... A vida também é assim: por mais longo que seja o tempo em que a dor permaneça em nós, por maior que seja o tempo em que a solidão anule nossos sonhos, a presença de alguém que nos ama acima de tudo – Deus - inaugura um novo ser em nós - um novo tempo e reestabelece a nossa alma. Por isso que as vezes é preciso esperar... mesmo que haja a demora, o inesperado poderá emergir de nossas vidas trazendo um novo sentido. Eu era muito pequena para entender essas coisas e colocar em palavras. As incansáveis noites com os olhos fitados ao céu foram ancoradas em algum lugar, algum quarto do meu coração e me gerado mais humana para que hoje todos pudessem ter a oportunidade de conhecer em palavras o que em anos e anos sobrevivera na pauta dos meus mais secretos sentimentos... Não sou feita apenas de sonhos, mas de estrelas...
L.

2 comentários:

  1. exelente bloggg

    me gusto mucho

    hermosas fotos

    saludos

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  2. me encanto tu cancionnnnn ):

    gracias a ti por pasar

    cuidate mucho estamos posteandonos

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